Meirelles diz que Brasil terá crescimento “muito forte” no 1º trimestre

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse hoje (30) que o crescimento econômico do primeiro trimestre deste ano, a ser divulgado na quinta-feira pelo IBGE, será “muito forte”. Falando para uma plateia de investidores durante o Fórum de Investimentos Brasil 2017, promovido pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão e Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o ministro afirmou que o índice virá um “pouco menor” do que o IBC-Br, indicador do Banco Central que apontou alta de 1,12% no primeiro trimestre em comparação ao quarto trimestre de 2016. “O crescimento do primeiro trimestre foi muito forte.”
Para Meirelles, o crescimento deve se manter nos próximos terceiro e quarto trimestres, a “um ritmo anual de 3%”. Segundo ele, a economia não apenas voltou a crescer, como voltou a uma normalidade depois de ter enfrentado a maior recessão da história brasileira. “Hoje vivemos num País diferente. Não só os números são outros”, afirmou, enfatizando, por diversas vezes em seu discurso, a existência de um conjunto de regras que permitiram à economia atravessar ciclos desfavoráveis e outras “perturbações”.
Questionado sobre um possível impacto de questões políticas no desempenho da economia, Meirelles disse que os fundamentos hoje estão mais sólidos. “As reformas estão dando resultados concretos. Tivemos a aprovação da PEC dos gastos, a queda da inflação, o PIB voltando a crescer. O Brasil está em condições de seguir em frente”, disse.
“Hoje temos a institucionalização da previsibilidade da economia brasileira com regras estáveis e de longo prazo”, disse o ministro da Fazenda. A aprovação da emenda constitucional que estabeleceu um teto para os gastos públicos foi citada por Meirelles como um marco nesse processo, à
medida que as finanças do governo tinham entrado em rota insustentável. Meirelles citou ainda o compromisso do Legislativo com a aprovação das reformas da Previdência e das leis trabalhistas. “O Brasil está fazendo as reformas a tempo e a hora.”
Para Meirelles, “o momento de investir é este, antes que os preços reflitam ativos mais valorizados”.  “Aqueles que estiverem presentes no início do ciclo vão se beneficiar mais”, afirmou o ministro da Fazenda.
Quebra do monopólio
Antes de Meirelles, o ministro do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, Dyogo Oliveira, destacou o importante momento pelo qual o País vive, de reversão dos indicadores econômicos para um quadro positivo. “Não há momento mais adequado para estar no Brasil. Todo investidor sabe que a hora correta e a hora certa para investir não é quando o momento esta no pico, e sim, quando esta começando a subir rumo ao pico, disse Oliveira. “Poucos países no mundo oferecem oportunidades de investimento em tão diversificadas áreas como no Brasil".
O ministro do Planejamento destacou que os investidores internacionais tem reafirmado o interesse pelo Brasil. "Estamos no início de um novo e longo ciclo de investimentos que o Brasil vivenciará", disse. Oliveira lembrou que o Brasil passou por crises e soube sair delas. "Atravessar as crises tem sido constante na economia do País, e não será diferente desta vez", avaliou. Entre os sinais de que o País está avançando, o ministro citou o "sucesso" da concessão de aeroportos, que atraiu investidores internacionais, e ainda a quebra do monopólio da Petrobras no pré-sal.
“É fato que nos últimos 12 meses fizemos uma enorme transição, saindo de inflação que ultrapassava 10% ao ano, e tivemos recorde dos investimentos externos no Brasil, recorde de produção de óleo, recorde de produção na agricultura", comentou. O ministro concluiu destacando a necessidade de manter a continuidade desse processo de crescimento. 

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