Projetos de energia e recursos minerais, manufatura e serviços digitais, agribusiness, tecnologia avançada e logística estão entre os setores que poderão ser contemplados com recursos do Fundo Brasil-China. O mecanismo será anunciado no Fórum de Investimentos Brasil 2017, marcado para os dias 30 e 31 de maio, em São Paulo.

O anúncio do início da operação do fundo será feito numa sessão especial do evento, que deverá contar com mais de 300 investidores estrangeiros já inscritos para participar do fórum, iniciativa do governo federal.

O Claifund (China Latin America Industrial Cooperation Investment Fund) contribuirá com até US$ 20 bilhões, de acordo com informações do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão. A contrapartida de instituições financeiras brasileiras será de até um terço desse montante. Os desembolsos serão feitos de acordo com o cronograma previsto em cada projeto, em território nacional, e não haverá comprometimento de recursos públicos brasileiros.

De acordo com o Secretário de Assuntos Internacionais do ministério, Jorge Saba Arbache Filho, esse fundo tem uma característica diferenciada em relação aos demais que a China mantém com outros países. “No nosso caso, a decisão de onde colocar os recursos será conjunta, ainda que eles (os chineses) vão aportar três quartos dos recursos”.

Devem participar da operação desse fundo, pelo lado brasileiro, preferencialmente, Caixa Econômica Federal e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), mas a participação está aberta também a outras instituições financeiras.

Está prevista, na solenidade, a presença dos secretários executivos dos ministérios do Planejamento, da Fazenda e da Secretaria de Governo e de três autoridades chinesas. Eles compõem o Comitê Coordenador do Fundo.  O acordo é resultado de tratativas bilaterais concluídas após a visita do presidente Michel Temer à China em setembro de 2016.