Investimento em inovação e tecnologia é essencial para crescimento

Inovação e tecnologia são fundamentais para o aumento da produtividade, competividade e crescimento econômico de um país. A avaliação foi unânime entre empresários e autoridades que participaram nesta tarde (31) do Fórum de Investimento Brasil 2017.  “Temos perspectivas gigantescas porque ainda temos muito a fazer”, disse o presidente da Finep, Marcos Cintra, ponderando que, embora o governo brasileiro façainvestimentos significativos em pesquisa e desenvolvimento, o mesmo não ocorre no setor privado, que gasta pouco.

Segundo Cintra, o Brasil investiu 1,27% seu Produto Interno Bruto (PIB) em pesquisa e desenvolvimento em 2014 –o maior valor entre os países latinos e também o maior entre os emergentes, com exceção da China. Ele apontou que dois terços desse valor veio do governo e o restante, da iniciativa privada. “O governo já estáno limite do seu esforço. Por que estamos fracassando em fazer o setor privado acompanhar o público?”

O presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), Pedro Wongtschowski, argumentou que os investimentos em inovação são limitados pela baixa rentabilidade das empresas e também por falta de capital próprio. Ele ponderou que, desde 2013, os investimentos públicos também têm caído e, neste ano, representarão 40% do gasto decinco anos atrás.  “A crise está exigindo sacrifícios gigantescos”, respondeu Cintra. “Mas isso será ultrapassado com as medidas que o governo está adotando para sanear as contas públicas.”

co-fundador da Natura, Pedro Passos, disse que o Brasil está se preparando para dar um salto dos mais importantes que é a inclusão na economia mundial. “Mas para isso o Brasil precisa abrir sua economia e estabelecer a competição interna”, afirmou, explicando que este seria o caminho para superar a defasagem tecnológica. O crescimento não virá mais pela oferta de mão de obra, mas pela inovação”, acrescentou Passos.

Para Rafael Paniagua, presidente da empresa de tecnologia industrial ABB Brasil, as empresas veem o Brasil como um dos países com maior potencial para automação de mão de obra. Hoje, o País, que tem apenas 10 robôs por cada 10 mil empregados, está muito atrasado se comparado àmédia mundial, de 150. Alemanha, Cingapura e Japão têm mais de 300 robôs a cada grupo de 10 mil empregados. A China supera o Brasil, com 36.  “O Brasil tem um atraso monumental na área de robótica. Mas as pessoas precisam entender que vão encontrar novos empregos”, disse o presidente da GE Brasil, Gilberto Peralta, ressaltando que o crescimento vem da mudança.

 

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